Biografia de Rachel de Queiroz

Biografia de Rachel de Queiroz, grande tradutora, romancista e escritora

A biografia de Rachel de Queiroz é completamente surpreendente, principalmente pela representatividade que deu às mulheres no país. Esta escritora foi a primeira a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Conheça mais sobre a sua vida e obra e inspire-se com suas histórias!

Conheça a biografia de Rachel de Queiroz

Sem dúvidas, quando escrevemos sobre a biografia de Rachel de Queiroz, nos deparamos com histórias surpreendentes, principalmente por ter uma mulher como protagonista.

Infelizmente, o machismo sempre esteve presente em nosso país – e ainda está, até os dias de hoje, embora o cenário esteja começando a melhorar. Poder ultrapassar barreiras como ela fez tem um valor muito grande para a história.

Rachel foi a primeira a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, como dissemos logo no início, e também a primeira a ser premiada com o Prêmio Camões. Além disso, teve alguns romances premiados em diferentes categorias e até uma minissérie de TV retratando a sua obra.

Como foi sua infância e adolescência?

A biografia de Rachel de Queiroz é muito importante, principalmente para conhecermos como essa escritora viveu e quais foram as suas trajetórias pessoais e profissionais ao longo da vida.

Nascida em Fortaleza, no Ceará, em 1910, mais precisamente no dia 17 de novembro, esta cearense era filha de dona Clotilde Franklin de Queiroz e Daniel de Queiroz Lima. Possui parentesco com o também escritor José de Alencar por parte dos familiares de sua mãe.

Com apenas 45 dias de vida, ela e toda a sua família foram morar em Quixadá, numa fazenda chamada Junco, propriedade da família.

Por conta da profissão do pai, acabou morando em diferentes lugares do país. Em 1913, morou em Fortaleza por causa de uma promoção profissional do seu pai. Já em 1917, foi morar no Rio de Janeiro por consequência das graves secas que atingiam a região desde 1915.

Foi em 1919 que ela e toda a sua família retornaram para Fortaleza e de lá não saíram mais. Com apenas 15 anos, começou a estudar no Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora anos mais tarde.

O ano de 1927 ficou marcado na biografia de Rachel de Queiroz como o ano em que ingressou como colaboradora do jornal O Ceará, organizando a página literária e publicando o folhetim de sucesso chamado de “História de um Nome”.

O convite feito a ela aconteceu depois que, utilizando pseudônimo de Rita de Queluz, ironizou um evento chamado de Rainha dos Estudantes promovido pelo jornal. O sucesso foi tanto que a então professora substituta de História passou a trabalhar no jornal.Biografia de Rachel de Queiroz

O começo de tudo

Rachel de Queiroz, com apenas 20 anos, resolve começar a sua carreira no mundo da literatura e então o romance “O Quinze” é lançado.

Essa obra é totalmente tocante e sensível em relação à luta que um povo secular trava contra a miséria, a pobreza e a seca.

O lançamento do livro aconteceu logo na segunda fase do Modernismo e teve uma representatividade muito grande para a época, pois impulsionou o “Romance Regionalista de 1930”.

A tiragem desse livro foi de apenas 1000 exemplares. Com grandes repercussões no Rio de Janeiro, essa obra recebeu diferentes elogios de pessoas da mais alta sociedade como Augusto Schmidt e Mario de Andrade.

Sua consagração maior veio no ano de 1931, quando então a escritora ganhou o Prêmio Fundação Graça Aranha de melhor romance.

Nesse mesmo ano, conhece o Partido Comunista Brasileiro e, quando retorna para Fortaleza, participa ativamente da implantação do partido no Nordeste.

Trajetória política

Na biografia de Rachel de Queiroz, é possível detectar forte militância política da qual fez parte. Em 1932, casou-se com José Auto da Cruz Oliveira e lançou o romance “João Miguel”.

Esse romance também carrega toda a temática social, retratando os problemas da seca e da quantidade de coronéis que mandam e desmandam no Nordeste.

Militante de esquerda, era ativa nas causas comunistas. Por conta disso, foi presa em 1937, permanecendo por apenas 3 meses na cadeia. Esse período foi bastante reflexivo, surgindo então o romance “O Caminho das Pedras”.

Nesse texto, o enfoque principal está na problemática que assola os humanos, deixando de lado a paisagem nordestina sempre retratada em suas obras. As agitações políticas e suas abordagens ganham lugar nessa obra incrível.

Entrada na Academia Brasileira de Letras

Com um acontecimento histórico, ocupou uma cadeira na Academia Brasileira de Letras no dia 4 de novembro de 1977. Foram 23 votos a favor e 15 contra.

Esse fato deve ser muito comemorado, pois ela foi a primeira mulher a ocupar esse lugar.

Biografia de Rachel de Queiroz

O que foi o memorial de Maria Moura?

Essa obra de Rachel de Queiroz, chamada de Memorial de Maria Moura, conta a história de uma mulher que ficou órfã muito cedo e que passou a vida brigando com primos por causa de heranças territoriais.

Rachel escreveu essa obra aos 82 anos e o estilo narrativo no qual ela foi montada caiu como uma luva para a TV, sendo adaptada como uma minisséries que obteve muito sucesso de audiência quando foi transmitida.

Prêmios entregues

Muitos prêmios foram entregues a Rachel de Queiroz por causa da importância e impacto que suas obras. Dentre eles, destaca-se o Prêmio Camões, concedido a ela em 1993.

Principais obras de Rachel de Queiroz

Através da biografia de Rachel de Queiroz, pudemos conhecer o quão importante essa artista foi para o Brasil. Foram diversas obras de sucesso que lhe renderam prêmios importantes e reconhecimento merecido.

Essa mulher fez a diferença e ajudou a aumentar a representatividade das mulheres na literatura e também em outras áreas.

Abaixo, listamos apenas alguns títulos para você conhecer:

  • 1930 – O Quinze;
  • 1932 – João Miguel;
  • 1937 – Caminho de Pedras;
  • 1939 – As Três Marias;
  • 1948 – A Donzela e a Moura Torta;
  • 1950 – O Galo de Ouro;
  • 1953 – Lampião;
  • 1958 – A Beata Maria do Egito;
  • 1958 – Cem Crônicas escolhidas;
  • 1964 – O Brasileiro Perplexo;
  • 1967 – O Caçador de Tatu;
  • 1969 – O Menino Mágico;
  • 1975 – Dora, Doralina;
  • 1976 – As Menininhas e Outras Crônicas;
  • 1980 – O Jogador de Sinuca e Mais Historinhas;
  • 1986 – Cafute e Pena-de-Prata;
  • 1992 – Memorial de Maria Moura;
  • 1995 – Cenas Brasileiras;
  • 1997 – Nosso Ceará;
  • 1998 – Tantos Anos;
  • 2003 – Memórias de Menina;
  • 2011 – Pedra Encantada.

Gostou de conhecer a biografia de Rachel de Queiroz? Qual de suas obras você já conhecia? Conte para nós suas opiniões nos comentários.

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